Estão nas mãos do público feminino 94% da compra de mobiliário doméstico e 45% dos carros novosA crescente participação da mulher no mercado de trabalho tem gerado impactos nas relações de consumo. Segundo pesquisas recentes, são elas as principais responsáveis pelas decisões de compras da família. E se engana quem pensa que esse poder se estende apenas a aquisição de itens para o lar. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está nas mãos do público feminino 94% da compra de mobiliário doméstico, 45% dos carros novos, 92% dos pacotes de viagens e 88% dos planos de saúde. A "dominação feminina" é resultado de um movimento de expansão das tarefas que elas vêm agregando às suas vidas, há mais de 60 anos.
Desde a Segunda Guerra Mundial, as mulheres desempenham papéis variados.
Elas são as donas de casa, as mães e as profissionais no mercado de trabalho. Com dinheiro no bolso e mais instrução, as mulheres se tornaram o público-alvo da vez.
"Enquanto o homem age com objetividade, sem se dar contas dos detalhes, a mulher demora a escolher e fica firme no negócio, justamente por ser mais exigente e paciente. É o famoso "feeling" feminino", afirma Dominic de Souza, especialista em vendas e autor do livro "Como vender seu produto ou serviço como algo concreto". Para ele, o vendedor precisa achar as soluções para as necessidades da mulher.
Segundo o estudo "Mães Contemporâneas do Nordeste", realizado em 2007 pelo Ibope Mídia, as mulheres nordestinas, de forma geral, são impulsivas na hora de consumir. A maioria gosta de variar as marcas, troca idéias sobre as compras e valoriza produtos de higiene pessoal. Para as mães do Nordeste, o preço é fator determinante: elas fazem pesquisas e lêem rótulos dos produtos.
As mães nordestinas que trabalham fazem planejamento e preferem pagar a prazo. Nem sempre se interessam pelas marcas, mas são fiéis às grifes que gostam, além de dar importância a produtos que facilitem o dia-a-dia. Os filhos influenciam nas compras da casa. Já as que não trabalham sentem prazer em comprar. Elas pedem opinião de outras pessoas e confiam na imagem que a propaganda passa dos produtos. Preferem marcas divertidas e experimentam as novas.
"Em relação às mães do Brasil, as nordestinas se consideram mais felizes e estão mais satisfeitas, tanto com a aparência quanto com a sua vida sexual. Mas, conciliar maternidade, trabalho e casamento é um desafio diário para a maioria", concluiu o estudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário