terça-feira, 16 de setembro de 2008

Mulher decide o que adquirir

Estão nas mãos do público feminino 94% da compra de mobiliário doméstico e 45% dos carros novos
A crescente participação da mulher no mercado de trabalho tem gerado impactos nas relações de consumo. Segundo pesquisas recentes, são elas as principais responsáveis pelas decisões de compras da família. E se engana quem pensa que esse poder se estende apenas a aquisição de itens para o lar. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está nas mãos do público feminino 94% da compra de mobiliário doméstico, 45% dos carros novos, 92% dos pacotes de viagens e 88% dos planos de saúde. A "dominação feminina" é resultado de um movimento de expansão das tarefas que elas vêm agregando às suas vidas, há mais de 60 anos.
Desde a Segunda Guerra Mundial, as mulheres desempenham papéis variados.
Elas são as donas de casa, as mães e as profissionais no mercado de trabalho. Com dinheiro no bolso e mais instrução, as mulheres se tornaram o público-alvo da vez.
"Enquanto o homem age com objetividade, sem se dar contas dos detalhes, a mulher demora a escolher e fica firme no negócio, justamente por ser mais exigente e paciente. É o famoso "feeling" feminino", afirma Dominic de Souza, especialista em vendas e autor do livro "Como vender seu produto ou serviço como algo concreto". Para ele, o vendedor precisa achar as soluções para as necessidades da mulher.
Segundo o estudo "Mães Contemporâneas do Nordeste", realizado em 2007 pelo Ibope Mídia, as mulheres nordestinas, de forma geral, são impulsivas na hora de consumir. A maioria gosta de variar as marcas, troca idéias sobre as compras e valoriza produtos de higiene pessoal. Para as mães do Nordeste, o preço é fator determinante: elas fazem pesquisas e lêem rótulos dos produtos.
As mães nordestinas que trabalham fazem planejamento e preferem pagar a prazo. Nem sempre se interessam pelas marcas, mas são fiéis às grifes que gostam, além de dar importância a produtos que facilitem o dia-a-dia. Os filhos influenciam nas compras da casa. Já as que não trabalham sentem prazer em comprar. Elas pedem opinião de outras pessoas e confiam na imagem que a propaganda passa dos produtos. Preferem marcas divertidas e experimentam as novas.
"Em relação às mães do Brasil, as nordestinas se consideram mais felizes e estão mais satisfeitas, tanto com a aparência quanto com a sua vida sexual. Mas, conciliar maternidade, trabalho e casamento é um desafio diário para a maioria", concluiu o estudo.

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